29/07/2010

Rotina

Se em teus braços irei morrer
Se essa é a sina que me espera
Se cedo acabou a quimera
Na batalha eu terei de perecer

Te espero por todas as noites
Porém nunca estás presente
Em teu anseio, mil noites doente
Refém febril de muitos açoites

Morpheu é teu dono e agora te ordena
Que voltes e tomes minh'alma pequena
E me entorpeças qual nunca senti

Já que nunca me tivesses pena
Que ao menos a morte me seja serena
E me leve dormindo quão nunca dormi

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Poema feito de um dos mais profundos dias de sono da minha vida que, sinto, será breve. Se eu passar mais alguns dias sem dormir talvez enlouqueça, talvez morra, talvez fique inválido... Porém, se a morte me levar dormindo, quão belo isso será, não é mesmo?

Bons somnium eternus...

2 comentários:

  1. É o risco que se tem quando a alma é inquieta...quando não pertencemos a lugar algum...

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  2. ;) o teu poema é belo, o fato de se ter insônia é grave, procure logo ajuda medica.


    ;****~

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